O aparelho celular se tornou objeto essencial em nossa rotina, seja para trabalho ou lazer. O item se popularizou nos últimos anos, ganhou novas versões e consagrou marcas no mercado tecnológico. Antigamente, por exemplo, os aparelhos não possuíam a capacidade de armazenar músicas, fotos, entre outras funções que utilizamos hoje em dia.
Muitas pessoas utilizam o aparelho excessivamente, em grande parte do tempo. Também é comum encontrarmos alguém que esteja utilizando fones de ouvidos na rua, ônibus ou em casa. É ai que mora o perigo. Quando o fone de ouvido é utilizado com um volume potencialmente alto, pode provocar perda auditiva precoce.
O contato direto do fone nos ouvidos, em volume alto, impedindo que outros sons cheguem até o contato auditivo, prejudica a audição, provocando diminuição da capacidade auditiva. Inicialmente pode parecer que a audição permanece normal, mas com o passar do tempo o problema pode se agravar aumentando até mesmo risco de surdez.
O correto é reduzir o volume, além de efetuar pausas ao ficar muito tempo com o fone em contato com o ouvido. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), calcula-se que 360 milhões de pessoas sofrem com algum tipo de deficiência na audição, sendo a música frequente e em volume alto uma das principais causas da diminuição auditiva.
“O volume ideal deverá ser seguido por menor tempo de utilização do aparelho. Quanto mais alto o som, deverá se utilizar menos frequentemente o aparelho. O que determina a perda auditiva induzida por ruído (PAIR) é a duração da exposição sonora diária Vs o volume do estímulo”, destaca o médico otorrinolaringologista, Dra. Victor Lamônica, do Instituto de Olhos e Otorrino de Bauru (IOB).
Outra atitude muito comum e que também prejudica a saúde é o uso do celular em ambientes escuros, por exemplo, em um quarto escuro. Não é difícil encontrar quem utiliza o aparelho celular deitado na cama, no escuro, antes de dormir. Este hábito aparentemente inofensivo pode provocar cegueira temporária.
“A luz ofusca quem tem maior sensibilidade, mas não causa danos irreversíveis se a exposição for moderada. A luz ultravioleta é a mais prejudicial ao olho e atinge todas as suas camadas. Qualquer fonte de luz pode emiti-la em maior ou menor quantidade e devemos ter cuidado na exposição prolongada”, alerta a Dra. Erika Christina Canarim Martha de Pinho, médica oftalmologista do Instituto de Olhos e Otorrino de Bauru (IOB).
Quando os olhos estão abertos em locais escuros, o olho se adapta à falta de luz. Ao utilizar o aparelho celular nestes ambientes, um olho se adapta à luz e o outro ao escuro. Quando o celular é desligado, o olho que estava adaptado ao claro parece estar “cego”, até que ele consiga novamente se adaptar ao escuro. Este tipo de ação praticada frequentemente provoca danos na visão e pode ocasionar problemas mais graves no futuro. Em alguns aparelhos existe a opção da “redução de brilho” e “modo noturno”, diminuindo a claridade do celular em locais escuros.
“Se torna mais confortável abaixar o contraste e diminuir o brilho da tela no aparelho celular, mas não totalmente. O problema é o tempo de uso. Nessas condições, qualquer esforço visual por mais de 30 minutos focalizando para perto poderá causar sintomas”, afirma a oftalmologista, Dra. Erika Canarim de Pinho.
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