0 a 2 anos – Os cuidados começam cedo:: Durante a gestação, a mãe deve se prevenir por meio de vacinas contra doenças como a rubéola e a toxoplasmose, que podem causar cegueira e problemas neurológicos na criança. Assim que nasce, ainda na maternidade, é realizada a primeira avaliação oftalmológica, por meio do teste do olhinho, capaz de detectar, entre outros problemas, catarata congênita, glaucoma congênito e retinoblastoma. Caso o bebê apresente lacrimejamento constante, pálpebras inchadas, secreção purulenta, olho vermelho, estrabismo, pupila esbranquiçada e assimetria entre o tamanho dos globos oculares, deverá ser realizada uma segunda avaliação o mais breve possível.
3 a 12 anos – Problemas de refração podem surgir com o início da vida escolar: É durante a infância que a visão se desenvolve, atingindo sua maturidade por volta dos cinco anos de idade. Nessa fase, algumas crianças podem apresentam problemas como estrabismo, ambliopia (“olho preguiçoso”) e ptose (pálpebra caída) que podem ser reversíveis se tratados o quanto precocemente. Além disso, com o início da vida escolar podem surgir doenças oculares que influenciam no aprendizado da criança, causando baixo rendimento. Conhecidos como “grau”, os erros refrativos são a causa mais comum de deficiência visual na infância, nestes se incluem a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo.
13 a 20 anos – Ceratocone tem maior incidência na puberdade: Durante a pré-adolescência e antes da fase adulta, entre os 13 e 20 anos de idade, as pessoas estão mais sujeitas ao aparecimento de ceratocone, doença que acomete uma a cada duas mil pessoas e provoca irregularidade da córnea que, às vezes, vem acompanhado pelo hábito de coçar excessivamente os olhos. Nessa fase, também é muito comum o uso em excesso de aparelhos eletrônicos que podem causar danos à visão, como: Síndrome da Visão do Computador (CVS) e o agravamento da miopia e da hipermetropia. Dores de cabeça, olhos vermelhos, olho seco, coceira e problemas de focagem após estudar, assistir à televisão ou usar o computador podem ser sintomas de doenças oculares.
Após 40 anos – É na idade adulta que surge a presbiopia: Por volta dos 40 anos, torna-se essencial a medição anual da pressão intraocular, principalmente em caso de história familiar de glaucoma, e a avaliação de fundo de olho a fim de identificar danos que doenças como o diabetes podem causar à visão. Além disso, é muito comum o aparecimento da presbiopia ou “vista cansada”, doença ocular caracterizada pela condição em que a lente do olho perde a sua capacidade de focar objetos de perto, sendo necessário para correção o uso de lentes para visão de curta distância.
Aós 65 anos – A catarata e a DMRI são comuns na terceira idade: Com o passar dos anos, as estruturas dos nossos olhos também envelhecem, e com isso podem aparecer alterações visuais, ocasionando esforço visual intenso, baixa na qualidade da visão, dores de cabeça, sonolência e falta de concentração. Na terceira idade também é muito comum que as pessoas desenvolvam doenças como: catarata, principal causa de cegueira reversível no mundo, que ocorre devido à opacificação do cristalino (lente natural dos olhos), e Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), doença ocular que afeta a área central da retina (mácula), fazendo com que haja a perda progressiva da visão.
Fonte: Revista Veja Bem – Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) (http://www.cbo.com.br/novo/geral/pdf/revista-03.pdf)
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