A catarata é uma opacidade parcial ou total do cristalino, lente natural do globo ocular, que é responsável pelo foco da visão para perto e para longe. A doença pode ser congênita ou adquirida (forma mais frequente). Em situações de extrema gravidade, a catarata pode provocar a perda progressiva de visão e cegueira definitiva.
Quase metade da população mundial com mais de 65 anos é portadora da catarata. Segundo estimativas, no mundo, cerca de 160 milhões de pessoas sofrem com esta doença, considerada a maior causa de cegueira evitável. No Brasil, são cerca de 2 milhões de pessoas e surgem aproximadamente, 120 mil novos casos ao ano.
Segundo o médico oftalmologista, Dr. Luiz Utyama, do Instituto de Olhos e Otorrino de Bauru (IOB), a catarata pode surgir em adultos e crianças. “A catarata surge normalmente após os 60 anos, principalmente se houver casos na família, mas bebês e crianças também podem desenvolver a patologia, muitas vezes causadas por doenças ao longo da gravidez, infecções, ou relacionadas aos fatores genéticos. A catarata apresenta-se, na maioria das vezes, como uma perda visual progressiva tanto para perto quanto para longe”, explica.
Apesar de ser uma causa comum de cegueira, felizmente, a catarata tem cura e pode ser corrigida através de cirurgia. Mesmo os pacientes com casos de catarata avançada podem voltar a enxergar após a cirurgia. É importante que haja acompanhamento e tratamento com o oftalmologista para evitar problemas mais graves da doença.
“A única forma de tratamento de catarata é através da cirurgia. Desde que não haja outras patologias, o procedimento cirúrgico com os implantes das lentes intraoculares de alta tecnologia, além de resolverem os sintomas da catarata, podem diminuir ou eliminar a necessidade do uso dos óculos. A partir do momento em que a baixa acuidade visual não é mais corrigida com o uso de correções ópticas, existe a necessidade da intervenção cirúrgica”, destaca Utyama.
A causa mais comum de catarata é a senil, ou seja, o envelhecimento natural do cristalino ao longo da vida. Existe também a catarata congênita (forma mais rara), que ocorre por doenças da mãe na gravidez, atingindo o feto, além das causas secundárias como o uso crônico de corticoide, doenças metabólicas, diabetes, uveítes e exposição excessiva à radiação ultravioleta.
“O diagnóstico da catarata é feito através do exame de biomicroscopia com a dilatação da pupila no consultório médico. O procedimento é bem simples, mas caso haja existência da catarata, outros exames complementares poderão ser realizados para complementar o diagnóstico. É importante que o paciente esteja atento aos sintomas da doença, como visão nublada, confusa ou nebulosa, visão dupla, dificuldade para dirigir à noite devido ao brilho dos faróis e problemas de visão que provoquem dificuldade de realizar tarefas no dia a dia”, alerta o oftalmologista.
Veja o vídeo explicativo sobre a cirurgia de catarata:
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