Tratamentos intensivos podem amenizar os problemas causados pela doença
A Síndrome Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma doença caracterizada pela obstrução recorrente da via aérea durante o sono levando a queda da saturação de oxigênio sanguíneo e despertares frequentes. As causas mais comuns para esse tipo de problema são a idade, peso, sexo, herança genética e alterações anatômicas da musculatura esquelética das vias aéreas superiores. Crianças e adultos podem ser acometidos. Fatores relacionados com a obesidade e alterações anatômicas gerando obstrução nasal e estreitamento das vias aéreas superiores associados a carga genética, contribuem para a síndrome. Para as crianças, quanto maior a quantidade de fatores associados, maiores são os ricos de desenvolverem a patologia.
É possível perceber através de alguns sintomas se o adulto ou a criança desenvolveu a doença. “Sonolência excessiva diurna, sono não intencional, fadiga ou insônia, acordar com pausas respiratórias, engasgos ou asfixias, relatos de ronco alto com pausas respiratórias são sintomas assertivos da SAOS”, alerta o médico otorrinolaringologista, Dr. Victor Lamônica, que atende no Instituto de Olhos e Otorrino de Bauru (IOB).
Caso a doença não seja tratada, em longo prazo podem ocorrer alterações da cognição, redução do rendimento e distúrbios cardiovasculares e metabólicos, além das alterações da saúde física, redução da qualidade de vida e constrangimento psicossocial. “Todas as pessoas que roncam excessivamente e que possuem fatores de riscos, podem desenvolver a doença durante a vida”, destaca Lamônica.
O médico ressalta que hoje em dia existem tratamentos eficazes para a SAOS, como por exemplo, o uso de pressão aérea positiva contínua (CPAP). Aparelhos intraorais, implantes de palato e tratamento cirúrgico podem ser indicados em casos específicos. “Também fazem parte do tratamento a perda de peso, práticas de atividades físicas, não ingerir bebidas alcoólicas ou medicamentos sedativos antes de dormir e terapia postural”, recomenda.
Para o tratamento de ronco, também existem técnicas que estimulam a redução do problema, levando em conta o peso, idade, sexo e alterações anatômicas de vias áreas superiores. Uma delas é a técnica Incor, que são exercícios que fortalecem os músculos envolvidos diretamente ou indiretamente na produção do ronco e na apneia obstrutiva do sono.
“Existem outras formas de tratamento como a utilização de dilatores nasais, porém, apenas em casos específicos onde à obstrução nasal contribui significativamente para o desenvolvimento da patologia”, ressalta Dr. Victor, que também destaca os benefícios de remédios descongestionantes nasais, aliviando o ronco caso o paciente possua respiração nasal dificultosa.
Os aparelhos intraorais, utilizados durante a noite, aumentam o espaço das vias aéreas superiores, com o intuito de melhorar os quadros de roncos primários ou casos já diagnosticados de SAOS. “Os melhores resultados são apresentados em pacientes não obesos e, nos quais, os efeitos colaterais são leves como dor de dente, salivação excessiva e desconforto mandibular, possivelmente aumentando o grau de avanço da mandíbula que influenciará no resultado do tratamento”, destaca o otorrinolaringologista.
Consultoria
Dr. Victor Carvalho Lamônica
CRM SP-139.442
Especialista pela Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia; Participação ativa em congressos nacionais e internacionais na área de otorrinolaringologia; Formado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos ( Fundação Lusíadas ); Residência em Otorrinolaringologia pelo Hospital CEMA em São Paulo; Fellow em Implante Coclear no HRAC-USP Centrinho de Bauru.
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