10 de novembro – Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez

10 de novembro – Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez

Segundo o IBGE, cerca de dez milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência auditiva. Prevenção e diagnóstico precoce ajudam a evitar o problema

No dia 10 de novembro será lembrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez e, a Organização Mundial da Saúde (OMS), chama a atenção para os cerca de 400 milhões de pessoas no mundo que sofrem de alguma perda auditiva. Dessas, quase 38% estão acima de 65 anos e 8% são crianças e adolescentes de até 15 anos de idade.

No Brasil, a perda auditiva, que pode ser popularmente chamada de surdez, é uma das deficiências mais comuns. Estima-se que o número de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência auditiva chegue a dez milhões, de acordo com o IBGE, e a cada mil recém-nascidos, três já nascem com perda auditiva.

“A causa da surdez pode estar relacionada a diversos fatores, entre eles, o genético, os ambientais ou os decorrentes do envelhecimento. Nas crianças, as doenças infectocontagiosas, a exemplo da meningite e da rubéola, são potenciais desencadeadores da perda auditiva. Neste caso, a criança com dificuldade auditiva pode perder estímulos importantes para o seu desenvolvimento, que envolvem o aprendizado, a comunicação e a socialização”, explica o médico otorrinolaringologista Luiz Fernando Lourençone, do Instituto de Olhos e Otorrino de Bauru (IOB).

Quando a perda auditiva é congênita, é possível ser detectada e diagnosticada nos primeiros meses de vida e ser tratada com sucesso. “Por isso, o Teste da Orelhinha, um exame rápido e indolor, é tão importante e não pode ser negligenciado”, alerta Lourençone.

Na terceira idade, devido ao envelhecimento natural dos órgãos, o problema aparece com certa frequência. “O problema é mais perceptível após os 65 anos, sendo que já foi comprovado que a perda auditiva no idoso é um dos mais expressivos fatores de desagregação social. De todas as privações sensoriais, a perda auditiva é a que produz efeito mais devastador no processo de comunicação do idoso. Mas conviver com a perda auditiva vem ficando mais fácil para esse grupo, que através de tratamentos e uso de aparelhos auditivos recuperam a qualidade de vida”, comenta o otorrinolaringologista.

Atualmente, com os elevados níveis de poluição sonora, a cultura da prevenção e a redução de exposição do ouvido a riscos desnecessários são essenciais para manter uma audição saudável.

“Devemos sempre buscar prevenir o surgimento da surdez, porém, a partir do momento que é diagnosticada, existem diversas soluções que podem ser indicadas. Os aparelhos auditivos possuem um papel importante no resgate da qualidade de vida das pessoas, reduzem o isolamento social e oferecem benefícios que estão muito além da reabilitação auditiva”, explica o médico Luiz Fernando Lourençone.

Ainda segundo o otorrinolaringologista do IOB, existem atualmente diversas opções cirúrgicas indicadas tanto para perdas auditivas mais severas, quanto por critérios anatômicos e estéticos. “Essas opções sempre devem sempre ser avaliadas com um médico otorrinolaringologista para saber quais são as melhores opções para cada caso”, pondera o especialista.

Consultoria:

dr-luiz-fernando-lourençoneDr. Luiz Fernando Lourençone

CRM SP – 155.896

Formado em Medicina pela Universidade Estadual de Maringá – PR

Residência Médica em Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial no HRAC/USP

Título de Especialista em Otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgica Cérvico-Facial

Doutorando em Otorrinolaringologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo – Universidade de São Paulo

Membro da Diretoria Executiva Nacional da Sociedade Brasileira de Otologia (www.sbotologia.org.br)

Médico Assistente e Preceptor de Residência Médica em Otorrinolaringologia no Centrinho/USP

Membro da Equipe Interdisciplinar da Seção de Implante Coclear e Próteses auditivas Implantáveis HRAC – Universidade de São Paulo

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